À imagem é imputada (também) a função da lembrança, da memória. Quando olhamos uma fotografia, assistimos a um filme, uma parte de nossa vida se faz presente, ainda que o conteúdo dessas imagens esteja longe de apresentar o que nos parece real, ainda que a “memória artificial” tecidas pelas imagens e sons organizados segundo uma sintaxe arranjada exista só no rol das lembranças.
A memória é constituída por imagens, descrições, acontecimentos, experiências. Caminha junto com o olhar e com o pensamento. As tessituras que o universo imagético nos oferece, então, fazem mais que misturar imagens às lembranças, se abrindo a novas outras muitas redes que trasncendem a mera informação.
Imagens, idéias, memórias, mapeamentos, experimentações: ampliação das potencialidades quando se trabalha buscando a superação dos limites impostos pela supervalorização da informação em detrimento da experiência, das coisas que nos acontecem, que nos atravessam.
"Como se fora a brincadeira de roda, memórias..." (Redescobrir, Gonzaguinha) A dança - Henri Matisse - 1910 |
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